‘PARDO É PAPEL’, EXPOSIÇÃO DE MAXWELL ALEXANDRE,

GANHA TOUR VIRTUAL GRATUITO

Em cartaz no Instituto Tomie Ohtake, mostra tem realização do Instituto Inclusartiz

Tour virtual: site do Instituto Inclusartiz www.inclusartiz.org

Exposição no Instituto Tomie Ohtake até 25 de julho

 

O Instituto Inclusartiz disponibilizará, a partir de 18 de maio, no site oficial do Instituto (www.inclusartiz.org) e no site do Instituto Tomie Ohtake, um tour virtual da exposição ‘Pardo é Papel’, de Maxwell Alexandre.  A visita online será gratuita e permitirá ao usuário um passeio pela exposição em 360 graus, permitindo ver detalhes das 13 obras expostas e também saber mais informações sobre cada trabalho. Um vídeo com depoimentos de Maxwell e de pessoas que passaram por ‘Pardo é Papel’ complementa a experiência. O Instituto Inclusartiz realiza a mostra e também é responsável por sua turnê.

‘Pardo é Papel’, primeira individual de Maxwell em São Paulo, segue em cartaz no Instituto Tomie Ohtake até 25 de julho de 2021. A exposição levou 60 mil visitantes ao Museu de Arte do Rio – MAR em sua inauguração (2019) e passou recentemente pela Fundação Iberê, em Porto Alegre.

Com obras no acervo do MAR, Pinacoteca de São Paulo, MASP, MAM-RJ e Perez Museu, o artista carioca apresenta “Pardo é Papel” no Brasil após levar sua primeira exposição individual ao Museu de Arte Contemporânea de Lyon, na França. Resultado de uma residência do artista na Delfina Foundation promovida pelo Instituto Inclusartiz, em Londres, a mostra tem patrocínio do Grupo PetraGold.

‘O tour virtual da exposição é uma forma de democratizar o acesso à cultura, que é um ponto fundamental para o Inclusartiz. É uma forma de possibilitar a visita de quem não teve condições de ir presencialmente ao museu e também permite que o visitante que já esteve fisicamente possa rever e refletir melhor sobre as obras, após o tempo que teve para decantar a experiência’, diz Frances Reynolds, presidente e fundadora do Instituto Inclusartiz.

Com a agenda internacional aquecida, Maxwell Alexandre ainda conta com outras exposições este ano, como a mostra do artista do ano 2020 eleito pelo Deutsche Bank, que acontecerá em setembro em Berlim, no Palais Populaire, e sua primeira individual em Paris, no maior centro de arte da Europa, o Palais de Tokyo. A itinerância de ‘Pardo é Papel’ continuará circulando e vai passar pela Bienal da Tailândia em julho, além de constar na agenda do The Shed, o grande centro cultural de Nova York, em 2022.

O início de ‘Pardo é Papel’ remete a maio de 2017, quando o artista pintou alguns autorretratos em folhas de papel pardo perdidas no ateliê. Nesse processo, além da sedução estética potente, ele percebeu o ato político e conceitual que está articulando ao pintar corpos negros sobre papel pardo, uma vez que a “cor” parda foi usada durante muito tempo para velar a negritude.

“O desígnio pardo encontrado nas certidões de nascimento, em currículos e carteiras de identidades de negros do passado, foi necessário para o processo de redenção, em outras palavras, de clareamento da nossa raça. Porém, nos dias de hoje, com a internet, os debates e tomada de consciência e reivindicações das minorias, os negros passaram a exercer sua voz, a se entender e se orgulhar como negro, assumindo seu nariz, seu cabelo, e construindo sua autoestima por enaltecimento do que é, de si mesmo. Este fenômeno é tão forte e relevante, que o conceito de pardo hoje ganhou uma sonoridade pejorativa dentro dos coletivos negros. Dizer a um negro que ele é moreno ou pardo pode ser um grande problema, afinal, Pardo é Papel”, ressalta Maxwell.

“Tenho o enorme prazer e orgulho de apresentar este jovem talento. Maxwell é um líder natural, tem grande capacidade de atrair jovens de outras linguagens, conseguindo aglutinar as forças e todas as novas experiências dos jovens que são o futuro do Brasil. A belíssima obra de Maxwell marca uma sensibilidade da realidade social do Rio de Janeiro. A mostra teve um impacto importantíssimo na cidade, assim como em todo o país e também no mundo. Ela foi inaugurada durante um período crítico de crise econômica no Rio de Janeiro e da tentativa do fechamento do museu. O resultado foi a visitação de um público amplo e diverso, incluindo muitas pessoas que não tinham o hábito de frequentar museus”, analisa Frances Reynolds, presidente e fundadora do Instituto Inclusartiz, que busca trazer um diálogo entre todos os segmentos da sociedade e os artistas, especialmente os jovens, fomentando a sua carreira e os apoiando estrategicamente no âmbito internacional.

“Quando fomos convidados a apoiar o projeto não tinha ideia do quanto ia me encantar. Estamos muito felizes por participar deste momento”, celebra Eduardo Wanderley, presidente do Grupo PetraGold.

Sobre o Instituto Tomie Ohtake

Inaugurado em novembro de 2001, o Instituto Tomie Ohtake destaca-se por ser um dos raros espaços da cidade especialmente projetado, arquitetônica e conceitualmente, para realizar mostras nacionais e internacionais de artes plásticas, arquitetura e design. Em homenagem a artista que lhe dá o nome, o Instituto desenvolve exposições que focalizam os últimos 60 anos do cenário artístico, ou movimentos anteriores que levam a entender melhor o período em que Tomie vem atuando, organizando mostras inéditas da produção nacional e internacional, como Louise Bourgeois, Josef Albers, Yayoi Kusama, Salvador Dalí, Joan Miró, Yoko Ono, Julio Le Parc, entre outras.

Além de um programa de exposições marcante na cena cultural brasileira e que se desdobra em outras atividades como debates, pesquisa, produção de conteúdo, documentação e edição de publicações, o Instituto Tomie Ohtake desenvolve, desde a sua fundação, ampla pesquisa no ensino da arte contemporânea. Foi pioneiro na criação de novos processos para a formação de professores e de alunos das redes pública e privada, além de realizar uma série de atividades dirigidas ao público em geral e projetos de estímulo ao desenvolvimento da produção contemporânea. Completa o seu conjunto de atuação, um inédito programa de acessibilidade para repensar questões como acesso à cultura e diversidade, com foco no atendimento de públicos que não têm garantidos seus direitos sociais.

Sobre o Instituto Inclusartiz – Criado no Rio de Janeiro, em 1997, por Frances Reynolds, o Instituto Inclusartiz – que até 2005 chamava-se Fundação Arte Viva – é uma iniciativa de fomento à arte, cultura e educação no Brasil e no mundo. Idealizada com o propósito de tornar a arte mais acessível a todos, a organização desenvolve exposições e projetos educacionais com o intuito de promover vínculos socioculturais e a troca de conhecimento.

Em 2000, após diversas iniciativas de sucesso em seu país de origem, o Instituto ampliou suas fronteiras para Buenos Aires e, dois anos depois, expandiu para Madri, com uma série de mostras, sempre acompanhadas de programas educativos. A partir de 2005, a sede brasileira do Instituto Inclusartiz acrescentou às suas atividades o programa internacional de residências artísticas, que recebe artistas, escritores, intelectuais e curadores internacionais, ao longo de temporadas no Rio de Janeiro, para a realização de estudos e pesquisas, além da produção de novos trabalhos.

Exposição: Maxwell Alexandre – Pardo é Papel

De 08 de maio a 25 de julho de 2021
De terça a domingo, das 12h às 17h – entrada franca

Medidas de segurança:

Obrigatório uso de máscara / Medição de temperatura / Tapetes sanitizantes / Álcool em gel disponível em diversos pontos / Distanciamento mínimo de 1,5m entre os visitantes / controle de público, de 2 a 10 pessoas, dependendo da sala / percurso único / guarda-volumes desativado.

Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés 88) – Pinheiros SP
Metrô mais próximo – Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela
Fone: 11 2245 1900