‘PARAÍSO PERDIDO’ MARCA A VOLTA DE MONIQUE GARDENBERG AO CINEMA COM TRAMA ENVOLVENTE QUE TEM A
MÚSICA POPULAR ROMÂNTICA COMO FIO CONDUTOR
Dez anos depois de “Ó paí, ó”, a diretora Monique Gardenberg volta às telas de cinema com “Paraíso Perdido”, um melodrama saboroso que conta, ao som de clássicos da música popular romântica, a história de uma excêntrica família de cantores unida por um amor incondicional.
Nesta saga familiar marcada por encontros e desencontros, as histórias se entrelaçam e revelam pouco a pouco um enredo em que os laços de afeto sustentam os personagens e dão força para que sobrevivam às suas perdas e lidem com seus traumas. Monique bebe na fonte da tragédia grega para tratar de temas universais como abandono, traição, paixão e vingança.
Mais do que apenas compor a trilha sonora, as músicas conduzem a narrativa. Em meio a canções como “De que vale ter tudo na vida” e “Não creio em mais nada”, o longa-metragem acompanha a trajetória da família liderada pelo patriarca José (interpretado por Erasmo Carlos). Incapaz de superar a perda da mulher amada, ele abandona a carreira acadêmica e abre a boate Paraíso Perdido.
O filme, que estreia dia 31 de maio, traz o que Monique chama de “elenco dos sonhos”. Em seu retorno aos cinemas, Erasmo, que nos anos 1970 foi dirigido pelos irmãos Roberto e Reginaldo Farias, é o ex-professor de Literatura José, pai de Angelo (Julio Andrade) e Eva (Hermila Guedes). Ele tem ainda um filho adotivo, Teylor (Seu Jorge), seu confidente. A família se completa com seus netos Celeste (Julia Konrad), filha de Angelo, e a drag queen Imã, filho de Eva (interpretado pelo cantor e compositor paraense Jaloo, em sua estreia como ator). Em torno desse núcleo, estão o policial Odair (Lee Taylor), sua mãe, Nádia (Malu Galli), o professor de inglês Pedro (Humberto Carrão), o namorado de Celeste, Joca (Felipe Abib), e a misteriosa Milene (Marjorie Estiano), companheira de Eva no presídio.
Na trama, após Imã ser salvo pelo policial Odair de um ataque homofóbico, José o contrata para proteger o neto. O policial vivia isolado com a mãe, uma ex-cantora que ficou surda, até entrar em contato com o mundo da Paraíso Perdido. O cantor Angelo lamenta não ter perdoado a traição de sua mulher, que desaparece no mundo sem deixar rastros. Apaixonado, ainda não consegue esquecê-la trinta anos depois. Sua irmã, Eva, está prestes a ser solta após vinte anos na cadeia, por matar o homem que a espancou quando estava grávida de Imã. O viúvo José faz de tudo para garantir a felicidade do seu clã e conta com a cumplicidade de Teylor.
No longa-metragem – que tem coprodução da Dueto Filmes e da Casé Filmes, e distribuição da Vitrine Filmes -, a casa noturna serve de palco para que os atores interpretem sucessos de José Augusto, Roberto Carlos, Fernando Mendes, Odair José, Waldick Soriano, Raul Seixas e Belchior. Entre as 20 músicas da trilha, estão “Tortura de amor”, “Minhas coisas”, “120 150 200 KM por hora” e “Quem tudo quer nada tem”.
Monique diz que foi ao som de “Impossível acreditar que perdi você”, de Marcio Greyk e Cobel, que veio a primeira imagem do filme: uma moça (Celeste) chorando diante do espelho com um teste de gravidez positivo. “Eu queria fazer uma homenagem a esse gênero musical que recebe pejorativamente a alcunha de ‘brega’ ao chegar no Sudeste vindo de vários lugares do país, enfrenta resistências da crítica e do status quo da música brasileira, mas faz um grande sucesso popular e toca o coração do povo”, explica Monique, que contou com a parceria do cantor e compositor Zeca Baleiro na pesquisa e direção musical. O músico e compositor Lourenço Rebetez assina a trilha incidental.
A casa noturna do filme é uma espécie de paraíso perdido no tempo, que funciona como um antídoto à violência de fora. Essa oposição aparece na fotografia de Pedro Farkas. “Há um contraste entre a boate, cheia de cores, e o exterior, mais pálido. Como se a vida como ela é não tivesse tanta graça”, diz Monique, que dirigiu ainda “Jenipapo” e “Benjamin”. A direção de arte de Valdy Lopes e os figurinos de Cássio Brasil igualmente reforçam essa diferença, carregando nas tintas, a exemplo das letras da música popular romântica.
Monique não julga seus personagens e faz de “Paraíso Perdido” um filme à flor da pele, que mostra a importância da aceitação das diferenças e do afeto como contraponto à brutalidade do mundo.
FICHA TÉCNICA
DIREÇÃO: Monique Gardenberg
PRODUÇÃO: Augusto Casé, Carlos Martins e Jeffrey Neale
ROTEIRO: Monique Gardenberg
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Justine Otondo
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: Pedro Farkas
CARACTERIZAÇÃO: Rosemary Paiva
FIGURINO: Cássio Brasil
DIREÇÃO DE ARTE: Valdy Lopes
MONTAGEM: Giba Assis Brasil e Willem Dias
SOM DIRETO: Jorge Rezende
TRILHA INCIDENTAL: Lourenço Rebetez
DIREÇÃO MUSICAL: Zeca Baleiro
MIXAGEM: Armando Torres Jr. e Caio Guerin
DESENHO DE SOM: Beto Ferraz
EMPRESAS PRODUTORAS: Dueto Filmes e Casé Filmes
DISTRIBUIÇÃO: Vitrine Filmes
ELENCO
JOSÉ: Erasmo Carlos
ANGELO: Julio Andrade
ODAIR: Lee Taylor
TEYLOR: Seu Jorge
MILENE: Marjorie Estiano
EVA: Hermila Guedes
NÁDIA: Malu Galli
PEDRO: Humberto Carrão
ÍMÃ: Jaloo
CELESTE: Julia Konrad
JOCA: Felipe Abib
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