‘GABRIELA, UM MUSICAL’ ESTREIA EM SÃO PAULO

João Falcão adaptou e dirige a versão para teatro musical  do clássico romance de Jorge Amado

‘GABRIELA, UM MUSICAL’ – De 9 de junho a 7 de agosto – Teatro Cetip

Gabriela é um raríssimo caso de personagem literário que entrou para o imaginário coletivo nacional. Saída das páginas do clássico romance escrito por Jorge Amado em 1958, ela ganhou as telas – em um filme e três novelas –, se transformou em ícone de brasilidade e alcançou imenso sucesso popular por diversas gerações. Pela primeira vez, a história de Gabriela será vista em uma versão para teatro musical, criada pelo diretor João Falcão. Também responsável pelo roteiro musical, João selecionou canções brasileiras de diferentes estilos e épocas, incluindo composições de Dorival Caymmi, Tom Jobim, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Martinho da Vila, Lulu Santos, Gonzaguinha, Arnaldo Antunes e Marisa Monte.

A partir de 9 de junho, um elenco de 21 atores subirá ao palco do Teatro Cetip para reviver o caso de amor entre Gabriela e Nacib, cujo pano de fundo é a série de transformações culturais, políticas e econômicas que a Bahia dos anos 1920 sofria. Escolhida entre mais de 700 candidatas, a cantora paraense Daniela Blois terá o desafio de interpretar o papel-título, eternizado por Sonia Braga no cinema. ‘Gabriela, Um Musical’ conta com a direção musical de Tó Brandileone e realização da produtora Almali Zraik pela Caradiboi Arte e Esportes e do produtor Kevin Wallace pela Tempo Entertainment, em associação com a Opus Promoções e João Falcão pela MaquinaMaquina Produções Artísticas.

A origem, o processo e a cena

João Falcão se debruçou sobre ‘Gabriela, Cravo e Canela’ há oito anos, quando começou a maturar a ideia de transformar o romance em musical. No período, ele esteve em uma série de projetos para a TV e assinou espetáculos de sucesso, como ‘Clandestinos’ (2009), ‘Gonzagão – A Lenda’ (2012) e uma nova versão para ‘Ópera do Malandro’ (2014), de Chico Buarque. Quando chegou a hora de ‘Gabriela’ ser montada, ele retomou um método que remete a trabalhos mais antigos, como no consagrado ‘A Máquina’ (2000), que revelou para o grande público nomes como Lázaro Ramos, Vladimir Brichta e Wagner Moura.

Com o elenco do musical escolhido, João deu início a um período de ensaios marcado pela experimentação e também pela colaboração dos atores no processo criativo. Somente Daniela Blois sabia que a sua personagem seria Gabriela, mas todo o elenco foi descobrindo – junto com o diretor – as suas funções durante a preparação. ‘Gosto de observar o que o ator tem a oferecer para cada personagem. O ator acaba escolhendo o personagem’, conta o diretor, que teve o desafio de lidar com uma história extremamente conhecida de todo o público.

‘É algo que todo mundo já conhece. O desafio é justamente mostrar novos significados e novas ideias em torno da história. O romance tem um ponto fundamental, que é mostrar as transformações políticas e culturais da época através de uma história de amor e de uma personagem feminina. Gabriela é uma retirante, uma marginal, encontrada no mercado de escravos, e faz a diferença no contexto daquela época em Ilheus’, explica João.

Ao contrário das versões para TV e o cinema, a versão teatral se distancia de uma abordagem mais naturalista. Desta vez, uma cenografia abstrata faz uso de muitas armações de metal e também de esteiras rolantes, elementos que já se tornaram marcas do teatro de João Falcão. Ao abrir mão de um cenário realista, o diretor procura sublinhar a teatralidade das cenas e também deixar aparecer o texto, adaptado por ele nos últimos cinco meses e lapidado no período de ensaios.

Em cena, a banda composta por cinco músicos aparece durante todo o tempo. Responsável pela direção musical, o músico Tó Brandileone traduz para os arranjos toda a mistura cultural abordada no romance de Jorge Amado.

Integrante do projeto ‘5 a seco’,é um jovem músico paulistano que já se apresentou com importantes nomes da música brasileira, como Ivan Lins, Lenine, Chico César e Maria Gadú. Com dois discos lançados, ele costuma brincar com referências bem diversas em sua criação. ‘O encontro com o foi muito feliz, pois ele e os músicos participaram de todo o processo, estavam disponíveis para criar e experimentar nos ensaios’, conta João.

Desta maneira, as quase trinta canções se inseriram de forma orgânica à dramaturgia. ‘Algumas parecem ter sido compostas para o musical, tamanho o grau de integração com o que acontece em cena’, revela o diretor, que procurou fazer do repertório um verdadeiro caldeirão de ritmos brasileiros. Assim, ficam lado a lado canções clássicas de Dorival Caymmi (‘Vatapá’), Milton Nascimento (‘Cais’) e Martinho da Vila (‘Disritmia’), com pérolas pop de Arnaldo Antunes (‘Volte Para o Seu Lar’) e Marisa Monte (‘Vilarejo’).

Mito brasileiro, fenômeno universal

Escrito em 1958, ‘Gabriela, Cravo e Canela’ representou um marco na produção literária de Jorge Amado (1912 – 2001) e lhe rendeu os prêmios Jabuti e Machado de Assis. O livro se tornou célebre por inaugurar uma nova fase na obra de Jorge Amado, em que ganham destaque as personagens femininas. ‘Gabriela é um personagem transformador, agente de seu próprio desejo, o que pode ter lhe rendido toda esta aura sensual que envolve a personagem e a obra’, reflete João Falcão.

Após o sucesso editorial, Jorge Amado foi eleito, em 1961, para a Academia Brasileira de Letras. Neste mesmo ano, a obra deu origem a uma novela exibida na TV Tupi e anos depois, em 1975, seria a vez da TV Globo exibir a sua versão, que consagrou Sonia Braga como a sensual protagonista. Ela também viveria a mesma personagem no cinema, em um longa dirigido por Bruno Barreto em 1983, com Marcello Mastroianni no papel do sírio Nacib. O sucesso internacional da trama fez com que ‘Gabriela, Cravo e Canela’ se tornasse o livro mais traduzido do autor, com versões em mais de trinta idiomas.

Sinopse

Gabriela chega a Ilhéus em 1925, fugida de uma terrível seca no agreste. O sírio Nacib, dono do bar Vesúvio, a encontra no “mercado dos escravos” e a leva para trabalhar em seu estabelecimento. De início, ele não repara na beleza da moça, escondida sob os trapos e a poeira do caminho, mas logo ele se rende aos seus encantos, assim como boa parte dos vizinhos.

Por conta da comida de Gabriela, o Vesúvio passa a receber cada vez mais clientes, todos seduzidos pelo tempero e pela presença inebriante da cozinheira. Após se casar com Nacib, Gabriela tem conflitos com as obrigações conjugais que vão de encontro ao seu espírito livre.

Temperada com muita sensualidade, a narrativa romântica de Jorge Amado mostra um rico panorama dos costumes da época e das transformações pelas quais a Bahia da década de 20 passava. Com a abertura do porto aos grandes navios, são inevitáveis o declínio dos coronéis, como Ramiro Bastos, e a ascensão de um novo perfil de empresário, personificado por Mundinho Falcão. Gabriela personifica ainda todas as rupturas trazidas por esta nova configuração de sociedade.

Sobre João Falcão

João Falcão cresceu em Tiúma, na Zona da Mata Pernambucana, e se mudou para Recife aos 21 anos. Em 1981, chamou a atenção pelo musical ‘Muito Pelo Contrário’, seu espetáculo de estreia como diretor, escritor e compositor. A multiplicidade de funções o levou a uma série de outros sucessos nos anos que viriam: ‘O Pequenino Grão de Areia’, ‘Cara Metade’, ‘A Ver Estrelas’, ‘Mamãe Não Pode Saber’ e tantas outras. Estava declarada a sua cruzada contra a mania de se tratar o teatro com tanta solenidade.

Em 1996, se muda para o Rio de Janeiro, onde adapta e dirige ‘O Burguês Ridículo’, clássico de Molière, em parceria com Guel Arraes. Protagonizado por Marco Nanini, a montagem venceu o Prêmio Sharp de Melhor Espetáculo. Em seguida, escreveu e dirigiu ‘A Dona da História’ (1997), especialmente para Marieta Severo e Andréa Beltrão, e o monólogo ‘Uma Noite na Lua’ (1998) para Marco Nanini, vencedor dos prêmios Shell e Sharp de Melhor Texto e Melhor Direção. Ainda com Nanini e Marieta, adaptou e dirigiu ‘Quem Tem Medo de Virginia Woolf’ em 2001.

Com ‘A Máquina’ (2000), adaptação do romance homônimo de Adriana Falcão, ele retorna a Pernambuco e revela para o país os talentos de Wagner Moura, Lázaro Ramos e Vladimir Brichta. A busca por novos talentos e o processo criativo coletivo reaparecem em ‘Cambaio’ (2002), cujas canções foram compostas por Chico Buarque e Edu Lobo, e ‘Clandestinos’ (2008), que deu origem a uma bem-sucedida adaptação televisiva para a TV Globo em 2010.

Na emissora, criou – em parceria com Guel Arraes – alguns dos grandes programas da TV brasileira das últimas duas décadas, como ‘A Comédia da Vida Privada’, a série ‘Brasil Especial’ e a minissérie ‘O Auto da Compadecida’, entre outros. O trabalho com o audiovisual também pode ser conferido em mais de mil filmes publicitários que dirigiu e nas versões cinematográficas de ‘A Máquina’ (2006) e ‘Fica Comigo Esta Noite’ (2006).

Nos últimos anos, João assinou a direção de ‘Ensina-me a Viver’ (2007), com Gloria Menezes, e dos musicais ‘Gonzagão – A Lenda’ (2012) e ‘Ópera do Malandro’ (2014), ambos ainda em turnê pelo país. Gonzagão venceu quatro prêmios Bibi Ferreira (Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original, Melhor Direção Musical e Melhor Musical Brasileiro).

FICHA TÉCNICA

 GABRIELA, UM MUSICAL
A partir do romance ‘Gabriela, Cravo e Canela’, de Jorge Amado

Adaptação e Direção: João Falcão

Direção Musical: Tó Brandileone

Produtora: Almali Zraik

Produtor: Kevin Wallace

Produtor associado: João Falcão

Com Almério, Bruce de Araujo, Bruno Quixotte, Daniela Blois, Danilo Dal Farra, Eliane Carmo, Frederico Demarca, Guilherme Borges, Ingrid Gaigher, Isadora Melo, Juliana Linhares, Leo Bahia, Luciano Andrey, Luísa Vianna, Mauricio Tizumba, Marcel Octavio, Natasha Jascalevich, Rafael Lorga, Tamirys O’hanna, Thomás Aquino e Vinicius Teixeira.

Músicos: Antonio Loureiro, Danilo Penteado, Edson Santanna, Maria Beraldo Bastos e Rafa Barreto

Colaboração na adaptação de texto: Adriana Falcão
Arranjos Vocais: Tó Brandileone e Guilherme Borges

Diretora de Arte e Figurinos: Simone Mina

Cenografia: Simone Mina e João Falcão

Coreografia e Preparação Corporal: Lu Brites

Visagismo: Simone Momo e Roger Ferrari

Design de Som: Tocko Michelazzo

Design de Luz: Cesar de Ramires

Diretor Técnico: Rinaldo Marx

Coordenadora de Produção: Martha Lozano

Diretor Assistente: Clayton Marques

Diretora Residente: Sabrina Mirabelli

Preparação Vocal: Rafael Barreiros

Assistente de Diretor Musical: Guilherme Borges

SERVIÇO:

Ministério da Cultura apresenta

GABRIELA, UM MUSICAL

Patrocínio: Alelo

Realização: Caradiboi Arte e Esportes, Tempo Entertainment, em associação com Opus Promoções e MáquinaMáquina Produções Artísticas.

Temporada de 9 de junho a 7 de agosto

Local: Teatro Cetip – (Rua dos Coropés, 88 – Pinheiros).

Horários: quintas e sextas, às 21h; sábados, às 17h e 21h; domingos às 18h.

Duração: 2 horas 40 minutos em dois atos (com intervalo de 15min).

Ingressos: de R$ 30 (meia-entrada) a R$ 190.

Classificação Etária: Classificação livre. Menores de 12 anos acompanhados dos pais ou responsáveis legais.

Capacidade: 627 lugares.

Estacionamento terceirizado com manobrista

PREÇOS:
QUINTA-FEIRA, 21h
PLATEIA PREMIUM: INTEIRA R$ 160,00 | MEIA R$ 80,00
PLATEIA INFERIOR: INTEIRA R$ 140,00 | MEIA R$ 70,00
PLATEIA SUPERIOR A: INTEIRA R$ 90,00 | MEIA R$ 45,00
PLATEIA SUPERIOR B: INTEIRA R$ 60,00 | MEIA R$ 30,00

SEXTA-FEIRA 21H, SÁBADO 17H E 21H E DOMINGO 18H
PLATEIA PREMIUM: INTEIRA R$ 190,00 | MEIA R$ 95,00
PLATEIA INFERIOR: INTEIRA R$ 160,00 | MEIA R$ 80,00
PLATEIA SUPERIOR A: INTEIRA R$ 130,00 | MEIA R$ 65,00
PLATEIA SUPERIOR B: INTEIRA R$ 100,00 | MEIA R$ 50,00

- Meia-entrada: obrigatória a apresentação do documento previsto em lei que comprove a condição de beneficiário.

BILHETERIA OFICIAL – SEM TAXA DE CONVENIÊNCIA

Teatro Cetip – De terça a sábado, de 12h às 20h. Domingos, de 13h às 20h (em dias de espetáculo, a bilheteria funciona até o início da apresentação) – Rua dos Coropés, 88 – Pinheiros

 LOCAIS DE VENDA – COM TAXA DE CONVENIÊNCIA

Pontos de venda no link

Pela Internet: www.ticketsforfun.com.br

Retirada na bilheteria e E-ticket – taxas de conveniência e de entrega.

Formas de Pagamento: dinheiro, cartões de crédito American Express®, Visa, MasterCard, MasterCard débito, Diners e cartões de débito Visa Electron.

Venda a grupos: grupos@t4f.com.br

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