EXPOSIÇÃO DO ARTISTA AUSTRÍACO ERWIN WURM CHEGA AO CCBB DO RIO DE JANEIRO NO DIA 11 DE OUTUBRO

Depois de passar com sucesso por São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, exposição “Erwin Wurm O Corpo é a Casa”, com curadoria de Marcello Dantas, traz obras interativas e conceituais que desafiam e distorcem objetos tradicionais do cotidiano

Depois de ser vista por quase 400 mil espectadores em suas passagens por São Paulo, Brasília e Belo Horizonte (onde fica em cartaz até o dia 18 de setembro), a exposição “Erwin Wurm O Corpo é a Casa”, com curadoria de Marcello Dantas, faz sua última escala no país no CCBB do Rio de Janeiro, de 11 de outubro de 2017 a 08 de janeiro de 2018. Com um trabalho conceitual e interativo, o artista austríaco, que apresenta suas obras pela primeira vez na cidade, faz uso de mídias variadas – esculturas, vídeos, instalações, performances e intervenções – para dar novo sentido a produtos tradicionais do dia a dia.

Neste sentido, objetos como carros, casas e sofás ganham aspectos distorcidos e expandidos.  O humor permeia a sua obra, que também é sustentada por uma crítica feroz à sociedade de consumo e à cultura contemporânea. Segundo ele, o humor leva as pessoas a olharem para as coisas com mais cuidado. Wurm também coloca a interação do espectador como o ingrediente mais importante de sua arte.

Um dos destaques dos cerca de 40 trabalhos apresentados na exposição, a gigantesca instalação Fat House (Casa Gorda) pesa cerca de duas toneladas e será remontada na rotunda do complexo cultural. A série The Artist Who Swallowed the World (O artista que engoliu o mundo) discute a presença do artista em sua própria obra, enquanto a One-Minute Sculptures (Esculturas de um minuto) convida os visitantes a seguirem instruções do artista para se  tornarem, durante o intevalo de um minuto, a obra em si.  As instalações Dentro de casa e Comida também têm o objetivo de deslocar o espectador ao confrontá-lo com elementos triviais distorcidos. Treze vídeos do artista estarão espalhados pelo espaço, enquanto a fachada do prédio receberá uma grande intervenção com móveis que instigarão a quem passar na frente do local.

A mostra tem entrada gratuita e conta com patrocínio, via Lei Rouanet, do GRUPO SEGURADOR BANCO DO BRASIL E MAPFRE. Leonardo Mattedi, diretor geral de Administração, Finanças e Marketing do GRUPO reforça a importância do apoio “como uma maneira de fomentar a cultura e  permitir o acesso do público brasileiro a novas percepções artísticas, capazes de contribuir  para a democratização da informação e para a socialização do conhecimento”.

Sobre a exposição

Ao percorrer o conceito de corpo e elementos domésticos e do cotidiano, o conjunto de cerca de 40 obras explora tanto noções arquitetônicas, para as quais o artista olha a partir do ponto de vista escultórico, quanto “a natureza transformativa da escultura em suas muitas encarnações”, como aponta o curador. Integra o conjunto as famosas esculturas corpulentas, Fat House (Casa Gorda) (2003), a inflada Ferrari brilhante vermelha Fat Convertible (Conversível Gordo) (2004) e peças da série The Artist Who Swallowed the Word (O Artista que Engoliu o Mundo) (2006).

Esse conjunto antropomórfico e obeso sugere algumas atribuições biológicas ao objeto artístico, como o ato de consumir, tornando-o capaz então de “preencher” o seu próprio interior. Seguindo essa lógica, obras envolvendo comida também estão presentes como as roliças salsichas que mimetizam atividades humanas da série Abstract Sculptures (Esculturas abstratas), Sitting Big (Sentando Grande), de 2014, e Big Kiss (Grande Beijo), de 2015; a instalação de 37 pepinos de acrílico pintado sobre pedestais Self-Portrait as Pickles (Auto-retrato como Pickles), criada em 2008 e apresentada em diversos países desde então, e Spit on Someones Soup (Cuspa na Sopa de Alguém), de 2003.

“Entendo que a matéria-prima de qualquer escultura é energia e a unidade de medida de energia, que é a caloria, é o mesmo elemento que irá alterar a forma, o volume e a densidade dos materiais. E estes irão explorar a ressignificação da nossa própria energia corpórea em obras de arte simbólica, desafiando a noção de performance, escultura e arte“, comenta Marcello Dantas.

Como desdobramento das investigações das estruturas arquitetônicas, Wurm olha também para seu interior e nele o universo de objetos domésticos os quais ele deforma e redimensiona. Exemplos desses são obras como a prateleira derretida feita de bronze e pátina Dodge (2012), a cadeira prensada em um bloco Angst / Lache Hochgebirge e o vaso sanitário comprimido de madeira e resina Toilet (Vaso Sanitário) (ambos de 2014), o relógio agigantado Lost (Perdido) (2015), o armário que parece ter sido esmurrado em First Ascent North Wall (Primeira Ascenção Parede Norte) (2016), entre outras.

Completam o conjunto as One-Minute Sculptures (Esculturas de Um Minuto), criadas nos anos 1990, nas quais são os espectadores que se tornam as esculturas a partir de instruções deixadas por Wurm. Essas sugerem que o sujeito permaneça em diferentes posições por um minuto, seja vestindo uma peça de roupa ou posicionando a própria cabeça dentro de um armário, criando assim formas efêmeras que logo em seguida se desfazem, como uma espécie de performance não programada. Também serão apresentados 13 vídeos, além de uma grande intervenção na fachada do prédio.

A experiência das obras de Erwin Wurm extrai do espectador deleite e senso de humor. Este último, segundo ele, leva o sujeito a olhar para as coisas com mais cuidado e, portanto, com maior engajamento, por isso ambos (humor e espectador) acabaram se tornando os  ingredientes mais importantes do seu gesto artístico.

Por um período de tempo eu tentei encontrar a forma mais rápida de me expressar. E isso se reflete na minha crença na franqueza. É o mesmo tipo de franqueza que você encontra nos quadrinhos, elemento que eu frequentemente uso em meu trabalho“, resume Wurm. Enquanto muitos artistas se concentram em dificultar a banalidade, o austríaco está interessado em fazer da dificuldade algo leve e acessível.

Sobre Erwin Wurm

Nasceu em Bruck an der Mur, Áustria (1954), onde vive e trabalha entre as cidades de Viena e Limberg. O artista apresentará na 57 ª Bienal de Veneza, em 2017, a exposição intitulada Pavilhão de Luz. É a quarta vez que ele participa desta Bienal. Ganhou exposições individuais em instituições consagradas pelo mundo como o Museum für Moderne Kunst (Berlim), Museum der Moderne (Salzburg), MACRO – Museo d‘Arte Contemporanea (Roma), Museum of Contemporary Art (Sydney), Peggy Guggenheim Collection (Veneza) Palais de Tokyo (Paris), Fundación Joan Miró, (Barcelona), The Photographers Gallery (Londres), MAK – Center for Art and Architecture (Los Angeles),  Städel Museum (Frankfurt), entre outros. Participou de dezenas de exposições coletivas, incluindo as mais importantes bienais como Veneza (quatro vezes), Lyon, Sevilha, Lüttich, Bucharest, Taipei, Liverpool, Montreal, Sydney e São Paulo, entre outras.

Sobre Marcello Dantas

Renomado curador de exposições, diretor artístico e documentarista, Marcello Dantas é o nome por trás de algumas das principais mostras de arte no Brasil, sendo responsável por inovar o conceito de museologia no país, trazendo doses sem precedentes de tecnologia, interatividade e recursos multimídia.Em 2016, organizou a exposição “ComCiência”, da artista australiana Patricia Piccinini, realizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, que foi a mostra de arte contemporânea mais visitada no mundo nesse ano, segundo o “The Art Newspaper”. Um dos maiores entusiastas da arte urbana no país, Dantas é responsável pelo evento de arte pública “OiR – Outras ideias para o Rio”, que expõe obras de prestigiados artistas em locações icônicas e ao ar livre no Rio de Janeiro, com edições em 2012, 2015 e 2016. Em 2017, o projeto desdobrou-se em “Outras Ideas”, trazendo pela primeira vez à cidade trabalhos dos artistas Daniel Arsham e Makoto Azuma. Além de grandes exposições nacionais, assinou a curadoria de mostras individuais de artistas estrangeiros de renome, como Christian Boltanski, Anish Kapoor, Tino Sehgal, Laurie Anderson. Foi também a mente por trás do Museu da Língua Portuguesa, do Museu do Homem Americano, do Museu da Gente Sergipana, dentre outros. Marcello Dantas é ainda curador e diretor de programação da Japan House São Paulo, iniciativa global do governo japonês que abriu as portas em maio de 2017 na Avenida Paulista.

Ficha técnica:

Patrocínio

Banco do Brasil

GRUPO SEGURADOR BANCO DO BRASIL E MAPFRE

Realização 

Ministério da Cultura

Centro Cultural Banco do Brasil

Produção 

Magnetoscópio

Produção Executiva

Madai Produções

SERVIÇO

Exposição Erwin Wurm O Corpo é a Casa

Curadoria de Marcello Dantas

Abertura: 11 de outubro de 2017, às 9h (até 21h)

Obs: Neste dia, às 17h, haverá uma palestra com a participação do artista Erwin Wurm e do curador Marcello Dantas para falar sobre a exposição e o processo criativo.

As senhas serão retiradas no local, 1 hora antes (70 lugares).

Período da exposição: 11 de outubro de 2017 a 08 de janeiro de 2018

De quarta a segunda (fecha na terça), das 9h às 21h

Classificação indicativa: livre

Entrada franca

CCBB Rio de Janeiro

Rua Primeiro de Março, 66 – Centro20010-000 / Rio de Janeiro – RJ(21) 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br 

Informações sobre acessibilidade, estacionamento e outros serviços: http://culturabancodobrasil.com.br/portal/rio-de-janeiro

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