Atual protagonista da série Segunda Chamada, a atriz Deborah Bloch iniciou sua carreira na Rede Globo, em 1981, quando foi escalada para viver a personagem Lívia na novela Jogo da Vida, pela qual ganhou o prêmio de atriz revelação da Associação Paulista de Críticos de Arte. Dirigida por Joana Jabace, Segunda Chamada foi lançada em 2019 e gerou enorme repercussão no público e na crítica, ao relatar o cotidiano de uma escola pública brasileira. Bloch interpreta a professora Lúcia que, ao voltar a lecionar, assume a problemática turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A série – produzida pela O2 Filmes e exibida pela Rede Globo – é baseada na peça teatral Conselho de Classe, escrita por Jô Bilac, e já conquistou importantes prêmios como o de Melhor Série/Minissérie pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), o que também rendeu a Bloch o troféu de Melhor Atriz. A segunda temporada da produção já está confirmada para o ano de 2020 e irá manter no elenco apenas os professores, uma vez que novos alunos e outras histórias serão explorados.

O primeiro contato de Debora Bloch com as artes cênicas foi na sua infância, quando, ao lado da irmã, acompanhava o pai, o ator Jonas Bloch, nos ensaios e montagens de peças teatrais. Com isso, a jovem cresceu fascinada pelo mundo artístico. Aos 17 anos, após fazer o curso de Ivan Albuquerque, Rubens Corrêa e Amir Haddad, no teatro Ipanema, escolheu seguir carreira nos palcos. Sua estreia profissional foi, em 1980, na peça Rasga Coração, substituindo Lucélia Santos. Nesse mesmo ano fez uma participação especial na novela Água Viva.

Em 1984, participou da trilha musical de Bete Balanço, sua estreia nos cinemas, com o qual ganhou o prêmio Air France de Melhor Atriz. Depois, atuou no longa Noites do Sertão, que lhe valeu também os prêmios de Melhor Atriz no 17º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, no 17º Festival Brasileiro de Cinema de Gramado, e no 24º Festival de Cinema de Cartagena. Esse foi o início de uma carreira cinematográfica que já inclui 11 atuações em filmes.

Com a estreia do programa humorístico TV Pirata, em 1988, mostrou versatilidade e talento para o gênero, ao interpretar diferentes personagens em uma série de esquetes e quadros fixos. Adelaide Catarina, a repórter de TV cheia de tiques, foi uma das que entraram para a galeria de personagens inesquecíveis do programa.

A Lua me Disse, em 2005, marcou o seu retorno as novelas, com a politicamente incorreta Madô, dondoca consumista e inescrupulosa, que caiu nas graças do público. Na programação da Rede Globo do mesmo ano, atuou no piloto do humorístico Toma Lá Dá Cá, como Rita, personagem que na série original seria feita pela atriz Marisa Orth.

Em 2006, após a desistência da atriz Maria Fernanda Cândido de integrar o elenco da minissérie JK, devido a sua gestação, Débora a substituiu dando vida à corista Dora Amar. No ano seguinte, encarnou personagem de grande destaque na minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, onde deu vida a Beatriz, amante do protagonista Galvez, de José Wilker. Por último, em 2008, despontou como a artista plástica Lena da minissérie Queridos Amigos.

Os últimos anos foram marcados por ótimas participações em novelos de sucesso. Em 2009, co-protagonizou Caminho das Índias, já em 2011, esteve no ar em Cordel Encantado na pele da vilã Duquesa Úrsula, sendo muito elogiada pela sua atuação. O ano de 2012 foi marcado por Avenida Brasil, na qual interpretou Verônica, uma das esposas do executivo mulherengo Cadinho (Alexandre Borges). 2013 foi o ano da refilmagem de Saramandaia, no qual interpretou Risoleta, originalmente vivida por Dina Sfat na primeira versão. Em 2014, foi escalada também para Sete Vidas, na qual viveu um par romântico com o personagem de Domingos Montagner.