FELIPE HIRSCH E ULTRALÍRICOS ESTREIAM PROJETO

DEDICADO À LITERATURA LATINO-AMERICANA

‘A Tragédia Latino-Americana e A Comédia Latino-Americana’.
Primeira Parte: ‘A Tragédia Latino-Americana’

Apresentações no MITsp – 9 a 13 de março

Temporada São Paulo – 14 de março a 17 de abril

Sesc Consolação

FOTOS EM ALTA RESOLUÇÃO: www.factoriacomunicacao.com

O projeto ‘Puzzle’ (2013) representou um importante marco na trajetória de Felipe Hirsch. Pela primeira vez, ele levou para o palco a obra de autores brasileiros contemporâneos em um espetáculo dividido em três partes (a, b, c) que estreou na Feira do Livro de Frankfurt. O êxito da empreitada rendeu uma quarta montagem (d) e elogiadas temporadas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Com parte do grupo formado na ocasião (Ultralíricos), Felipe dá um passo adiante e apresenta, a partir de 9 de março, a primeira parte de uma nova pesquisa, que tem como base a literatura latino-americana e o cenário sócio-político do continente. ‘A Tragédia Latino-Americana e a Comédia Latino-Americana. Primeira Parte: A Tragédia Latino-Americana’ fará quatro apresentações no Festival MITsp e seguirá em temporada no Sesc Consolação de 17 de março a 17 de abril.

A Tragédia Latino-Americana’ é estruturada a partir de fragmentos, adaptações e trechos de obras de nove países da América Latina: Argentina (J. P. Zooey, Pablo Katchadjian), Bolívia (Jaime Saenz), Brasil (Glauco Mattoso, Lima Barreto, Reinaldo Moraes),Chile (Roberto Bolaño), Colômbia (Andres Caicedo), Cuba (Cabrera Infante), Honduras (Augusto Monterrosso), México (Gerardo Arana) e Uruguai (Hector Galmés).

A presença internacional se estende ainda para o elenco, que contará com a participação do ator argentino Javier Drolas e da chilena Manuela Martelli. Eles estarão ao lado de Danilo Grangheia, Georgette Fadel, Guilherme Weber e Magali Biff – vindos de ‘Puzzle’ – e de Caco Ciocler, Camila Márdila, Julia Lemmertz, Nataly Rocha e Pedro Wagner, que se juntaram ao grupo. O espetáculo contará ainda com seis músicos (Ultralíricos Arkestra) que vão executar ao vivo a música escrita e arranjada especialmente para o projeto por Arthur de Faria.

‘Embora fale de coisas tão cruéis, tão complexas e tão difíceis como em ‘Puzzle’, desta vez o humor não é tão irônico, portanto não tão violento e desagradável. A montagem se tornou um pouco mais farrista e a música traz esta maneira às vezes bem humorada, ainda que muito cruel, de se falar as coisas. A minha ideia ao iniciar o projeto seria fazer uma tragédia um pouco mais carinhosa e a comédia mais violenta’, ressalta Felipe, cuja preocupação era de que a música, como forma, não sobressaísse em relação à literatura escolhida para o espetáculo, mas que fosse provocativa e que, em alguns momentos, pudesse fazer uso da literatura também. ‘E a música confere um caráter ritual à peça, que se transformou em uma espécie de ópera macabra ou musical farrista’, resume.

Mais uma vez, Felipe renovou as parcerias com Daniela Thomas e Felipe Tassara (Direção de Arte) e Beto Bruel (Ilumincação), presentes em todos os seus espetáculos dos últimos 15 anos. A cenografia é toda formada por enormes blocos de isopor, em uma proposta que segue a tendência de se concentrar no essencial. ‘A maturidade faz com que você fique menos ornamental e que busque de fato qual é a ideia, qual é o conceito e você passa a sentir vontade de trabalhar com matérias mais brutas. Essas matérias mais brutas tem resultados, às vezes, muito sofisticados’, analisa.

FELIPE HIRSCH

O diretor e dramaturgo Felipe Hirsch foi um dos fundadores da Sutil Companhia de Teatro, em 1993, em Curitiba, onde iniciou uma investigação cênica da narrativa memorialística e de composições estéticas com forte impacto visual. Estabeleceu uma longeva parceria artística com a cenógrafa Daniela Thomas, com o ator Guilherme Weber e com o iluminador Beto Bruel. Entre seus principais trabalhos estão: Estou Te Escrevendo de um País Distante (1997), tese de doutorado defendida por Célia Arns de Miranda na Universidade de São Paulo, A Vida É Cheia de Som e Fúria (2000), eleita pela Revista Bravo! uma das dez peças mais importantes da década; Os Solitários com Marco Nanini, Marieta Severo e Wagner Moura; Temporada de Gripe (2003), de Will Eno; Avenida Dropsie (2005), sobre a obra de Will Eisner, dentre outras. Concebeu a montagem da ópera O Castelo do Barba Azul (2006), de Béla Bartók e da peça Não Sobre o Amor sobre o romance epistolar de Viktor Schklovsky. Dirigiu Viver Sem Tempos Mortos com Fernanda Montenegro e ainda Pterodátilos com Mariana Lima e Marco Nanini. Em 2013, iniciou o projeto Puzzle criado para a Frankfurter Buchmesse, com os Ultralíricos. Hirsch também é diretor do longa-metragem Insolação que teve sua estreia no Festival de Veneza em 2009 e da série da MTV A Menina sem Qualidades (2013).

A Tragédia Latino-Americana e A Comédia Latino-Americana

Primeira Parte: A Tragédia Latino-Americana

Projeto criado especialmente para o Sesc São Paulo

Estreia na Mostra Internacional de São Paulo MITsp (A Tragédia Latino-Americana

Temporada de 17 de março a 17 de abril

Quinta a sábado, às 19h30. Domingos, às 18h.

Sesc Consolação

240 minutos
18 anos

Projetos Ultralíricos 5 e 6

Direção Geral – Felipe Hirsch

Elenco A Tragédia Latino-Americana

Caco Ciocler

Camila Márdila

Danilo Grangheia

Georgette Fadel

Guilherme Weber

Javier Drolas

Julia Lemmertz

Magali Biff

Manuela Martelli

Nataly Rocha

Pedro Wagner

Música escrita, arranjada e dirigida por Arthur de Faria

Interpretada pela Ultralíricos Arkestra:

Arthur de Faria – Piano e Sintetizadores

Adolfo Almeida Jr. – Fagote e Efeitos

Mariá Portugal – Bateria, Glockenspiel e Tímpanos

Gustavo Breier – Processamentos Eletrônicos

Georgette Fadel – Trompete

Luccas Bracca  – Baixo Acústico e Elétrico

Pedro Sodré – Guitarras e Overdrives

Autores A Tragédia Latino-Americana e A Comédia Latino-Americana*

Andres Caicedo (Colômbia), Augusto Monterrosso (Honduras), César Vallejo (Peru), Dôra Limeira (Brasil), Gerardo Arana (México), Glauco Mattoso (Brasil), Guillermo Cabrera Infante (Cuba), Hector Galmés (Uruguai), J.P.Zooey (Argentina), J. R. Wilcock (Argentina), Jaime Saenz (Bolívia), Leo Maslíah (Uruguai), Lima Barreto (Brasil), Marcelo Quintanilha (Brasil),  Maria Luísa Bombal (Chile), Pablo Katchadjian (Argentina) Pablo Palacio (Equador), Reinaldo Moraes (Brasil), Roberto Bolano (Chile), Salvador Benesdra (Argentina), Samuel Rawet (Brasil), Teresa Wilms Montt/Teresa de la Cruz (Chile), Virgílio Piñera (Cuba)

*Autores selecionados, sujeito a modificações.

Direção de Arte – Daniela Thomas e Felipe Tassara

Iluminação – Beto Bruel

Figurinos – Veronica Julian

Preparação Vocal – Simone Rasslan

Coreógrafa e Preparação Corporal – Renata Melo

Co-Diretora – Isabel Teixeira

Traduções – Bruno Colbachini Mattos

Crítico Interno e Dramaturg – Ruy Filho

Contatos Direitos Autorais – Rita Mattar

Assistente de Iluminação e Operadora de Luz – Sarah Salgado

Engenheiro de Som, Tratamentos, Gravações e Mixagem – Gustavo Breier

Produção Musical – Arthur de Faria e Gustavo Breier

Diretor de Palco – Nietzsche

Visagismo – Emi Sato

Aderecistas – Rita Vidal e Paulo Baboni

Golas e Rufos – Marichilene Artisevskis

Efeitos Especiais – Miniarte

Assistente de Produção – Diego Dac

Assistentes de Figurino – Helena Obersteiner e Elis Nunes Santos

Alfaiate – De Lello

Costureiras – Salete Paiva, Judith de Lima e Alice Alves

Design Multimídia – Fernando Timba

Fotografias e Artes Gráficas – Patrícia Cividanes

Assessoria de Imprensa – Vanessa Cardoso – Factoria Comunicação

Idealização e Direção Geral – Felipe Hirsch

Produção Executiva – Bruno Girello

Direção de Produção – Luís Henrique (Luque) Daltrozo