ESTRELADO POR LAILA GARIN, “A HORA DA ESTRELA OU O CANTO DE MACABÉA” TEM AINDA CLAUDIA VENTURA E CLAUDIO GABRIEL NO ELENCO, DIREÇÃO E ADAPTAÇÃO DE ANDRÉ PAES LEME, DIREÇÃO MUSICAL DE MARCELO CALDI E TRILHA ORIGINAL DE CHICO CÉSAR

Apresentado pela BB Seguros e com patrocínio do Banco do Brasil, o espetáculo celebra o centenário de Clarice Lispector (1920 – 1977)

No ano do centenário de Clarice Lispector (1920-1977), uma de suas obras mais emblemáticas ganhará uma versão musical para os palcos, absolutamente original. A partir de 5 de março, ‘A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa’ entra em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil com adaptação e direção de André Paes Leme, canções especialmente compostas por Chico César e direção musical e arranjos de Marcelo Caldi. Laila Garin será Macabéa, a mítica protagonista do aclamado romance, ao lado de Claudia Ventura e Claudio Gabriel, que completam o elenco. A idealização e produção do projeto é de Andréa Alves, da Sarau Agência, responsável por espetáculos como ‘Elza’, ‘Suassuna – O Auto do Reino do Sol’, ‘Sísifo’ e ‘Macunaíma’. O projeto é patrocinado pela BB Seguros e pelo Banco do Brasil através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. ‘O romance veio para a minha estante através da minha professora, que por coincidência se chamava Laila. Ainda no percurso de ‘Gota D’Água [a seco]’, tive a ideia de propor o projeto para a Laila Garin protagonizar, com a direção do André, que é meu parceiro teatral há 30 anos, e as músicas do Chico César, que tinha feito as músicas do Suassuna. Essa rede afetiva e a descoberta do centenário foram os motivos perfeitos para dar mais potência ao projeto’, explica Andréa.

‘A Hora da Estrela’ foi o último livro escrito por Clarice, que faleceu pouco tempo após o seu lançamento. Suas páginas narram a saga de Macabéa, imigrante nordestina cuja vida no Rio de Janeiro é marcada pela ausência de afeto e poesia. Vista pela sociedade como uma mulher desprovida de qualquer atrativo, ela se contenta com uma existência medíocre: ganha menos do que um salário, divide um quarto com quatro pessoas, sofre com um chefe rigoroso e não atrai a atenção de ninguém. Na obra literária, tal história é contada por um escritor, que vê Macabéa na rua e resolve narrar a vida de uma pessoa tão invisível, comum e sem brilho, em um exercício de alteridade. Para esta nova versão teatral, André Paes Leme propõe uma inversão e esta figura do escritor se transforma em uma atriz. Desta forma, Laila Garin tem o desafio de se alternar entre a

Macabéa e a Atriz, que não somente narra, mas também comenta e lança uma série de questões ao longo da encenação. ‘O trabalho de adaptação não é de reescrever o texto. É o trabalho de transportar o universo sem estar aprisionado a qualquer palavra, através da edição e deslocamentos de episódios. Houve também a recondução dos textos do escritor para a atriz’, conta o diretor, que tem longa experiência na transcrição de livros para o palco, no que se convencionou chamar de ‘romance em cena’. Seguindo essa tradição, ele não somente faz uso de diálogos, mas coloca os atores como narradores, enquanto contracenam, fazendo uso de frases na íntegra do livro original. André Paes Leme, que já assinou elogiadas adaptações de Guimarães Rosa (‘A Hora e Vez de Augusto Matraga’) e Nelson Rodrigues (‘Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados’), teve ainda a parceria de Chico César no processo de criação. As músicas pontuam toda a dramaturgia e aparecem para ilustrar o estado emocional e o interior de cada personagem.

Ao longo da montagem, as canções servem ainda para detalhar algum acontecimento e também para tirar as personagens do sofrido estágio em que se encontram, trazendo alguma fantasia para existências tão opacas. Chico César vem de outra experiência bem-sucedida, ao ter a literatura como base de uma criação musical para teatro. Em 2017, ele assinou a trilha de ‘Suassuna – O Auto do Reino do Sol’, ao lado da Cia. Barca dos Corações Partidos. A experiência rendeu uma série de prêmios e indicações, inclusive ao Prêmio da Música Brasileira pelo álbum. ‘A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa’ vai trazer mais um conjunto de canções inéditas do compositor, com trechos musicados do próprio livro e criações livres, com base no original de Clarice Lispector. O espetáculo marca ainda a primeira vez em que Laila Garin atua em um espetáculo de composições inéditas, produzidas ao longo do processo de ensaios. Após ser recordistas de premiações por seu trabalho em ‘Elis – A Musical’ e ‘Gota D’Água [a seco]’, Laila foi dirigida pela lendária Ariane Mnouckine em ‘As Comadres’, no início de 2019. Enquanto segue com uma série de projetos de TV, Laila se consagrou na última década como uma das grandes vozes do teatro musical brasileiro.

‘Interpretar a Macabéa, as canções de Chico e ser dirigida por André já seriam motivos mais do que especiais para estar em cena. Mas fazer ‘A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa’ vai além, é um espetáculo que diz exatamente o que queremos falar neste momento. Estar em cena também como a Atriz é uma afirmação deste ato poético e político que é o teatro. É um grito de indignação com muita poesia, lutando com as armas que temos. ‘A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa’ fala das pessoas supostamente invisíveis, fala de solidariedade, de olhar para o outro com afeto. Além de tudo, é uma peça sobre esperança’, analisa Laila. O espetáculo tem patrocínio do Banco do Brasil e da BB Seguros. ‘Clarice Lispector é uma das escritoras mais aclamadas da literatura modernista brasileira e comemorar o seu centenário transformando seu romance em um musical é uma forma de manter viva a sua memória. E nós, da Brasilseg, apoiamos projetos com valor cultural destacado que contribuam para  incentivar o crescimento sociocultural do país e agregar valor para a marca’, afirma Fabio Mourão, superintendente executivo de Marketing, Clientes e Planejamento Comercial da Brasilseg, uma empresa BB Seguros.

 

A HORA DA ESTRELA OU O CANTO DE MACABÉA

 

Da obra de Clarice Lispector
Adaptação e Direção: André Paes Leme
Música:
Canção Original: Chico César
Direção Musical e arranjos: Marcelo Caldi
Idealização e Direção de Produção: Andréa Alves
Com Claudia Ventura, Claudio Gabriel e Laila Garin
Músicos: Fábio Luna, Pedro Aune e Pedro Franco
Diretor Assistente: Anderson Aragón
Figurinos: Kika Lopes
Cenário: André Cortez
Iluminação: Renato Machado
Design de som: Gabriel D’Angelo
Preparação Corporal: Toni Rodrigues
Assistente de figurino: Sassá Magalhães
Assistente de cenografia : Tuca Benvenutti
Assistente de preparação Corporal : Monique Ottati
Coordenação de Produção: Leila Maria Moreno
Produção Executiva: Raphael Baêta e Janaína Santos
Assistente de Produção: Paulo Farias
Projeto Gráfico: Beto Martins
Assessoria de Imprensa: Factoria Comunicação
Temporada de 5 de março a 10 de maio
Quintas e sextas, às 20h. Sábados e domingos, às 19h.
Ingressos: R$ 30,00 (inteira), bilheteria do CCBB de quarta a segunda, de 9h às 21h ou no site
Eventim.com.br
Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil

 

 

Factoria Comunicação
Pedro Neves /  pedro@factoriacomunicacao.com
(21) 2249-1598